Abro o JORNAL O GLOBO, vou ao caderno de economia, e vejo a seguinte matéria : " BARRADOS NO CRÉDITO"; hoje, após bancos e demais instituições levarem pessoas ingênuas ao crédito fácil, surge a bancarrota; com isso, resolvem dar um cheque contra a situação.
A ilusão do dinheiro fácil ao alcance de todos, anunciado massivamente por bancos e instituições financeiras em cada esquina das grandes cidades, criou um novo personagem entre pessoas já em dificuldades financeiras: o do superendividado.
O superendividado é aquele cidadão que chegou ao ponto de não conseguir mais pagar suas dívidas, mesmo estando empregado.
- Geralmente, isso ocorre em função de um fato marcante na vida, como, por exemplo, perda de emprego, morte na família ou separação. Desesperadas, essas pessoas acabam recorrendo a empréstimos de instituições que cobram juros abusivos, o que acaba piorando a situação de inadimplência - explica.
Na defensoria pública, o número de superendividados aumentou com a oferta de crédito, em função da queda nas taxas de juros e do surgimento do crédito consignado, algo até proibido nos Estados Unidos, por exemplo.
De acordo com dados de um estudo coordenado pelo Nudecon ( núcleo de defesa do consumidor ), para atrair o público, vale tudo: 80% das financeiras pesquisadas não exigiam garantias do cliente e 61% dispensavam comprovação de renda.
- Para piorar o quadro, há a desatenção dos consumidores. Eles raramente calculam o valor da dívida que estão assumindo e raramente possuem cópia do contrato. Mas mesmo quem contratou o empréstimo por impulso, e refletiu melhor depois, tem o direito a desistir, sem ônus !!!
" Desesperadas, as pessoas acabam recorrendo a empréstimos de instituições que cobram juros abusivos, o que acaba piorando a situação de inadimplência "
E é para fazer valer esse direito que, todos os dias, cerca de 200 cidadãos recorrem ao Nudecon, situado no 10º andar do número 670, da Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio. Desse total, entre 20 e 30 pessoas se encaixam no perfil de superendividado.
Esse cidadão, ainda de acordo com os dados da pesquisa do Nudecon - feita por amostragem, com 30 pessoas - é, na maioria, homem, casado, com idade entre 35 e 55 anos, segundo grau completo e renda entre R$ 500 e R$ 1 mil. De acordo com o levantamento, 90% do total estão ou estiveram com o nome no Sistema de Proteção ao Crédito (SPC); 12 devem a um só credor, e nove devem a cinco ou mais fornecedores de crédito.
- A inadimplência, hoje, tornou-se um problema social; não se trata mais de uma questão pessoal
Vários assistidos, já perderam as vezes em que tentaram renegociar, sem sucesso, a dívida que manteem com uma instituição financeira.
- Parece que não há interesse em resolver o problema, porque o atendimento é cheio de burocracia e o desconto que oferecem é muito pequeno - queixam-se.
O Defensor Público MARCOS LANG observa que, por ironia, nestes casos, as financeiras também saem prejudicadas, já que arcam com custos de processos, honorários de advogados e, mesmo em caso de vitória, não teem como penhorar bens de alguém que, às vezes, nada possui para penhorar.
O superendividado é aquele cidadão que chegou ao ponto de não conseguir mais pagar suas dívidas, mesmo estando empregado.
- Geralmente, isso ocorre em função de um fato marcante na vida, como, por exemplo, perda de emprego, morte na família ou separação. Desesperadas, essas pessoas acabam recorrendo a empréstimos de instituições que cobram juros abusivos, o que acaba piorando a situação de inadimplência - explica.
Na defensoria pública, o número de superendividados aumentou com a oferta de crédito, em função da queda nas taxas de juros e do surgimento do crédito consignado, algo até proibido nos Estados Unidos, por exemplo.
De acordo com dados de um estudo coordenado pelo Nudecon ( núcleo de defesa do consumidor ), para atrair o público, vale tudo: 80% das financeiras pesquisadas não exigiam garantias do cliente e 61% dispensavam comprovação de renda.
- Para piorar o quadro, há a desatenção dos consumidores. Eles raramente calculam o valor da dívida que estão assumindo e raramente possuem cópia do contrato. Mas mesmo quem contratou o empréstimo por impulso, e refletiu melhor depois, tem o direito a desistir, sem ônus !!!
" Desesperadas, as pessoas acabam recorrendo a empréstimos de instituições que cobram juros abusivos, o que acaba piorando a situação de inadimplência "
E é para fazer valer esse direito que, todos os dias, cerca de 200 cidadãos recorrem ao Nudecon, situado no 10º andar do número 670, da Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio. Desse total, entre 20 e 30 pessoas se encaixam no perfil de superendividado.
Esse cidadão, ainda de acordo com os dados da pesquisa do Nudecon - feita por amostragem, com 30 pessoas - é, na maioria, homem, casado, com idade entre 35 e 55 anos, segundo grau completo e renda entre R$ 500 e R$ 1 mil. De acordo com o levantamento, 90% do total estão ou estiveram com o nome no Sistema de Proteção ao Crédito (SPC); 12 devem a um só credor, e nove devem a cinco ou mais fornecedores de crédito.
- A inadimplência, hoje, tornou-se um problema social; não se trata mais de uma questão pessoal
Vários assistidos, já perderam as vezes em que tentaram renegociar, sem sucesso, a dívida que manteem com uma instituição financeira.
- Parece que não há interesse em resolver o problema, porque o atendimento é cheio de burocracia e o desconto que oferecem é muito pequeno - queixam-se.
O Defensor Público MARCOS LANG observa que, por ironia, nestes casos, as financeiras também saem prejudicadas, já que arcam com custos de processos, honorários de advogados e, mesmo em caso de vitória, não teem como penhorar bens de alguém que, às vezes, nada possui para penhorar.
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